A congressista estadual democrata Melissa Hortman, do Minnesota, e o seu marido, Mark Hortman, morreram, este sábado, depois de terem sido baleados na sua casa por uma pessoa que se fez passar por agente da autoridade. O mesmo suspeito terá em seguida atingido a tiro outro político democrata e fugido.
O governador do Minnesota, Tim Walz, não teve pudor de chamar ao ataque uma forma de violência política. “O diálogo pacífico é a base da nossa democracia. Não resolvemos as nossas diferenças com violência”, afirmou ainda. Também o Presidente Donald Trump condenou o ataque: “Uma violência tão horrível não será tolerada nos Estados Unidos da América”, afirmou.
O outro político atingido, o senador estadual John Hoffman (também ele democrata) e a sua mulher, Yvette, foram vítimas de um ataque semelhante, que os deixou em estado grave, mas Walz está “cautelosamente optimista” de que vão ser capazes de sobreviver a esta “tentativa de assassínio”.
O que se sabe sobre o ataque, até agora, é que aconteceu nas primeiras horas da manhã. O suspeito estava vestido com um agente da autoridade e foi assim que conseguiu entrar nas casas dos dois políticos, que distam cerca de 12 quilómetros uma da outra. O suspeito terá, depois, fugido a pé, encontrando-se em fuga. As autoridades encontraram, dentro do seu veículo, um manifesto com o nome de vários representantes estaduais e outros responsáveis – incluindo o de Melissa Hortman e de John Hoffman, mas também do próprio governador Tim Walz, segundo a CNN.
“O suspeito explorou a confiança dos nossos uniformes e o que representam”, disse Bob Jenkins, comissário de segurança pública do Minnesota. “Esta traição é profundamente perturbadora para aqueles de nós que usamos a placa com honra e responsabilidade”, afirmou. O suspeito, que chegou a trocar tiros com a polícia, já foi identificado e é procurado pelas autoridades, incluindo o FBI. Chama-se Vance Boelter, tem 57 anos, e foi visto pela última vez de manhã, com um saco preto.
Hortman, líder máxima democrata na Assembleia Legislativa do Minnesota, era advogada e foi eleita pela primeira vez em 2004. Os colegas recordam-na como alguém que liderava com “humor” e “graça”, uma pessoa que “dedicou a vida a servir os habitantes do Minnesota com integridade e compaixão”. Walz lembra-a como “uma grande líder” e diz ter perdido “uma amiga de vários anos”. O casal tinha dois filhos.
Sobre Hoffman, sabe-se que foi eleito pela primeira vez em 2012. Tem uma empresa de consultoria e já trabalhou na direcção do maior distrito escolar do Minnesota.
Donald Trump já tomou conhecimento do “terrível tiroteio que teve lugar no Minnesota, que parece ser um ataque direccionado contra os legisladores do Estado”, disse em comunicado. “Uma violência tão horrível não será tolerada nos Estados Unidos da América”, afirma.
A senadora democrata Amy Klobuchar, eleita pelo Minnesota, disse também que este foi um ataque “a tudo o que defendemos como uma democracia”.
Marcha de protesto cancelada
A primeira consequência do ataque foi, desde logo, o cancelamento de uma das marchas planeadas para este sábado, contra as políticas de Trump, sob o mote “No Kings” (algo como “Não há Reis” em português).
A organização da marcha cancelou todos os planos, devido à ordem de confinamento emitida na sequência do ataque e das preocupações com a segurança. As autoridades pediram aos residentes que evitem dirigir-se às manifestações anti-Trump marcadas para este sábado enquanto o atacante andar a monte – receiam que parte do plano seja atingir os manifestantes.
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